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Reportagens

Em 1 semana, três novos medicamentos aprovados pelo FDA para tratamento do diabetes tipo 2

Dr. Carlos Eduardo Barra Couri

Há muito tempo não via o tema diabetes mellitus tomar tanto espaço na mídia leiga como um todo. A maior parte das vezes são mostrados dados alarmantes relacionados ao diabetes como por exemplo a sua elevada prevalência mundial e a incidência complicações crônicas.
Não há dúvidas de que o arsenal terapêutico a ser oferecido aos pacientes diabéticos tipo 2 (DM2) tem aumentado ao longo dos anos, porém muito ainda deve ser desenvolvido. O DM2 é uma doença complexa em que se agrupam múltiplos defeitos tanto hereditários como também adquiridos por meio de maus hábitos de vida. Na figura 1 mostramos um resumo dos 8 principais defeitos relacionados ao DM2.
É fato que infelizmente o DM2 acomete indivíduos em fases cada vez jovens de vida. Paralelamente estamos presenciando um aumento da expectativa de vida no Brasil e em diversos países ocidentais. Por tudo isto exposto é que podemos concluir que teremos mais pacientes diabéticos tipo 2 vivendo por mais tempo e justamente por isso que deveremos ter em mãos uma gama de medicamentos eficazes e ao mesmo tempo de ação duradoura.
O primeiro lançamento ocorreu em 27 de janeiro de 2012 e foi de um remédio de aplicação subcutânea -  o Exenatide de ação semanal (Bydureon®). O Bydureon® é considerado "primo" do recém-lançado VICTOZA®. Exenatide é uma substância semelhante àquela liberada pelo nosso intestino quando ingerimos o alimento. Esta substância é chamada GLP-1.
Esta classe de remédios que têm ação semelhante ao GLP-1 humano promove redução da glicemia pelo fato de esta substância estimular a secreção de insulina pelo pâncreas e redução do hormônio glucagon (também produzido pelo pâncreas). Para quem não sabe o glucagon eleva a glicose no sangue, ou seja, e é contrário à ação da insulina.
Além disso, o GLP-1 atua no centro da fome localizado no cérebro induzindo a uma redução do apetite. O GLP-1 também atua no estômago fazendo com ele fique mais lento para se esvaziar quando nos alimentamos. Com isso, o paciente em uso deste remédio frequentemente refere que quando come pequenas quantidades de alimentos já sente o estômago mais “cheio”, não tolerando portanto ingerir grandes quantidades de comida.
Em 30 de janeiro de 2012 ocorreu o segundo lançamento e foi da associação medicamentosa Linagliptina + Metformina num mesmo comprimido com nome comercial de Jentadueto® nos EUA. A Linagliptina atua de maneira semelhante ao Bydureon®, porém não tem importante papel da redução de peso. A Linagliptina aumenta a secreção de insulina e bloqueia a secrecão de glucagon e a metformina atua reduzindo a resistência insulínica, principalmente no fígado. Como a metformina utilizada é de curta duração este medicamente deve ser utilizado por via oral de 12 em 12 horas.
O terceiro lançamento ocorreu em 02 de fevereiro de 2012 e foi o Janumet XR® (sitagliptina + metformina XR no mesmo comprimido). A sitagliptina atua de maneira semelhante à linagliptina citada anteriormente. Entretanto, no caso do Janumet XR® a metformina associada é de longa duração podendo então o comprimido ser administrado por via oral 1 única vez ao dia, facilitando a posologia.
Vale à pena destacar que um medicamento semelhante ao Janumet XR® foi aprovado pelo FDA em 05 de novembro de 2010 e se chama Kombiglyze XR e já está sendo comercializado nos EUA.
Como pudemos ver, dois dos três lançamentos deste ano foram de substâncias diferentes reunidas dentro de  em um único comprimido e o outro lançamento foi de uma substância de aplicação semanal.
Isto mostra a tendência atual do tratamento do DM2 em que se privilegia:
  • A facilidade posológica, que é um fator importantíssimo na adesão do paciente ao tratamento;
  • A associação de medicamentos, tendo em vista que o DM2 é uma doença com múltiplos defeitos diferentes e que dificilmente se torna controlada com um único medicamento.
Em conclusão, esperamos ter em breve todos estes medicamentos disponíveis nas farmácias brasileiras e muito ainda está por vir. Entretanto, é importante destacar que nenhum tratamento isoladamente é capaz de reverter completamente esta doença e o paciente tem uma responsabilidade primordial no curso desta doença, que é manter uma alimentação saudável e atividade física regular.
Carlos Eduardo Barra Couri
Endocrinologista
Pesquisador da Equipe de Transplante de Células-tronco do Hospital das Clínicas da USP- Ribeirão Preto
Coordenador do Departamento de Novas Terapias e Biotecnologia da Sociedade Brasileira de Diabetes

Fonte: S.B.D




A soja ajuda a emagrecer e controlar a diabetes

Ícone de uma alimentação balanceada, a soja deixou o berço chinês para abraçar o mundo. Respeitada pela ciência, ela ganha um espaço cada vez maior no prato do brasileiro. E, agora, novas pesquisas sedimentam seu papel contra as epidemias do nosso milênio, como a obesidade, o diabete e o câncer

por Diogo Sponchiato, de Santiago, no Chile
fotos Alex Silva


Foi-se o tempo em que a leguminosa era venerada apenas no Oriente e parecia uma exclusividade do cardápio vegetariano. Os limites geográficos do seu cultivo se expandiram, os centros de estudo se empenharam em decifrar suas dádivas à saúde e, de olho numa vida longa, os ocidentais passaram a incluí-la na dieta. Ainda há quem torça o nariz ao experimentar o grão in natura, mas ninguém pode negar sua vocação de protetor do organismo. E a indústria, antenada à tendência, multiplica as opções de consumo para quem quer degustá-lo sem sentir seu sabor peculiar — no suco, no hambúrguer e até no chocolate.

A soja é destaque em qualquer evento que reúna experts em alimentação. Não foi diferente no último Congresso Latino-Americano de Nutrição, realizado no início de novembro em Santiago, no Chile. Ali, o mundo científico trocou novos conhecimentos sobre os potenciais da leguminosa, que congrega proteína de primeira linha, gorduras do bem, fibras, vitaminas e minerais. A proteína, por sinal, não só corresponde a 40% da sua composição como protagoniza boa parte de seus efeitos protetores.

Uma pesquisa apresentada no encontro prova que, além de aliar-se à fibra para espantar o diabete tipo 2, ela previne complicações do distúrbio, como a insuficiência dos rins. "Notamos que a proteína da soja ajuda a regular os níveis de açúcar e insulina no sangue, diminuindo o risco da doença renal", disse a autora, Alison Duncan, professora de nutrição da Universidade de Guelph, no Canadá.

No simpósio destinado exclusivamente ao grão, a estudiosa Ratna Mukherjea, líder de ciências clínicas da Solae, uma das maiores empresas de pesquisa e comércio de ingredientes à base de soja no planeta, expôs o poder da proteína frente à obesidade. "Ela induz a saciedade, ajuda a perder gordura e a preservar a massa magra", disse. "E, como qualquer proteína de alta qualidade, dá mais trabalho para ser digerida", explica ainda o nutrólogo gaúcho Carlos Alberto Werutsky, da Associação Brasileira de Nutrologia.

A proteína da soja, aliás, não fica atrás da similar de origem animal em termos de características nutricionais (veja o quadro ao lado). Embora não seja tão completa quanto o mesmo ingrediente oferecido pelo ovo ou pelo leite, o vegetal tem lá suas vantagens. "Uma delas é ofertar a substância sem levar consigo gordura saturada e colesterol, que favorecem males cardiovasculares", afirma a nutricionista Marcela Roquim Alezandro, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.

Ainda em terra chilena, uma conferência sobre alimentos funcionais — aqueles que nutrem e previnem doenças — divulgou outros achados sobre componentes da proteína da soja capazes de queimar quilos extras e desarmar o começo de um câncer. São os chamados peptídeos bioativos, explorados no laboratório da pesquisadora Elvira De Mejía, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. "A betaconglicina, por exemplo, participa da inibição do acúmulo de gordura", contou a professora.

A lunasina é outra arma microscópica que barra tumores. Apesar de ser pouco absorvida pelo organismo, ela se intromete na progressão da doença ainda em fase inicial, contribuindo para a destruição das células malignas. "Nossa ideia é identificar todos esses compostos, isolá-los, testá-los e, enfim, adicioná-los a uma série de alimentos", proferiu Elvira. Já um estudo recém-publicado pelo Chidren’s Hospital Oakland Research Institute, nos Estados Unidos, demonstra que uma molécula encontrada no conteúdo oleoso do grão batalha contra as células mutantes que formam o tumor de cólon de intestino.
    Fonte:     http://saude.abril.com.br


Um aliado contra a diabetes e o derrame

A ciência prova que rechear o prato com alimentos ricos em potássio ajuda a prevenir o tipo 2 da doença e o temível acidente vascular cerebral.

LÚCIA NASCIMENTO


Se você descobrisse que tem propensão ao diabete, o que mudaria na sua alimentação? Dá para arriscar que 99% das pessoas focariam o pensamento em reduzir o consumo de doces e acrescentariam o adoçante à lista de compras. Só que controlar a ingestão de carboidratos, apesar de ser uma atitude correta em casos assim, não é a única medida à mesa quando se quer barrar essa ameaça. De acordo com um trabalho recente, alimentos ricos em potássio, como a banana e o feijão, dão uma força e tanto para prevenir o diabete — por mais inusitado que isso pareça.

A revelação é de cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Tudo começou quando provaram que os negros figuram no grupo de maior risco de desenvolver diabete tipo 2. A explicação deles? A dieta pobre em potássio. "De acordo com alguns levantamentos, os afro-americanos em geral não consomem esse mineral em doses adequadas", diz o cardiologista Otávio Gebara, diretor clínico do Hospital Santa Paula, na capital paulista. "Existe uma associação entre menor quantidade de potássio no corpo e níveis elevados de glicose no sangue."

Por enquanto, os médicos só levantam hipóteses para explicar a relação entre o baixo consumo do mineral e a ocorrência do problema. "Uma delas é de que o potássio influencie processos enzimáticos que atuam sobre a ação da insulina", diz Gebara. Com isso, se falta potássio no organismo, o açúcar tende a sobrar na circulação. "Quando esse nutriente está em baixa, a própria secreção de insulina pelo pâncreas é afetada", afirma o endocrinologista Marcio Mancini, chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas de São Paulo.

O potássio, assim, teria uma tarefa dupla: equilibrar a produção do hormônio e potencializar sua ação nas células. E, sem estabilidade e eficiência, a probabilidade de o diabete progredir é alta. "A fase inicial da doença pode ser lenta e muitas vezes o diagnóstico é tardio", lembra Mancini, que recomenda fazer exames de sangue periodicamente — e não só ficar de olho no prato de comida. Os sintomas mais comuns, quando o mal se instala, são fome e sede sem fim, e a inevitável ingestão de goles e mais goles de água, culminando em vontade de fazer xixi a toda hora.

Boas doses de potássio também fazem um bem danado ao cérebro. Uma revisão de estudos que saiu no Journal of American College of Cardiology, publicação conceituadíssima nos meios científicos, concluiu que a cada 1,6 grama a mais do nutriente na dieta — quantidade encontrada em três unidades de banana e dois copos de água de coco — o risco de ter um acidente vascular cerebral, sobretudo o hemorrágico, se torna 21% menor. Porque, com o potássio extra, diante de uma crise hipertensiva os vasos da massa cinzenta aguentariam melhor a tensão, sem estourar.
    Fonte:     http://saude.abril.com.br



Amaranto Anticolesterol

A semente merece muito mais do que 15 minutos de fama, já que é capaz de derrubar a gordura que entope as artérias. Foi o que comprovou um estudo brasileiro

por Caroline Randmer foto Dercílio

O grão símbolo da culinária dos incas, povo pré-colombiano que habitava o Peru, agora é a mais nova opção para quem quer afastar o perigo da aterosclerose sem perder o prazer à mesa. Trata-se do amaranto, uma semente conhecida como feijão dos Andes e que é uma verdadeira aliada no combate às altas taxas do LDL, o colesterol ruim, aquele que financia as temidas placas de gordura responsáveis por entupir as artérias.

A boa notícia vem da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, no interior de São Paulo. Ali os pesquisadores convidaram 18 indivíduos com a famigerada síndrome metabólica, um emaranhado de doenças como pressão alta, ventre avantajado e, claro, colesterol nas alturas. Eles foram orientados a consumir durante um mês inteiro até 30 gramas de farinha de amaranto por dia, algo em torno de uma colher de sopa, na forma de biscoito.

Depois desse tempo, os níveis de LDL despencaram. "Essa diminuição se dá por uma soma de funções. Proteínas, óleo e fibras encontrados no amaranto atuam em conjunto nesse processo", explica Jaime Amaya-Farfan, que capitaneou o trabalho e é coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da Unicamp. A técnica de laboratório Rosana Aparecida, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, dá mais pistas que esclarecem como a ingestão do amaranto auxilia no controle dos índices da molécula gordurosa no sangue. "O grão inibe no fígado uma enzima envolvida na produção do colesterol ruim", diz Rosana. Essa ação, no entanto, ocorre sem prejudicar a versão boa do colesterol, que atende pela sigla HDL. "O amaranto contém esqualeno, uma substância antioxidante que é rara em produtos de origem vegetal", conta Amaya-Farfan. "Ela é a principal responsável pela interrupção da síntese de LDL, moderando a produção de colesterol", complementa.

Mas o grão não recebe a denominação de superalimento só por essa benesse. Rico em aminoácidos que o nosso corpo não é capaz de fabricar e outros nutrientes, como cálcio, ferro, fósforo, potássio e zinco, ele pode ser comparado a estrelas da cozinha, a exemplo da carne, do leite e dos ovos. "Mas vale lembrar que não é recomendável substituir esses alimentos pelo amaranto. Ele deve, isso sim, agregar benefícios ao cardápio", explica a nutricionista Beatriz Botéquio, da Equilibrium Consultoria, em São Paulo. "A semente ainda fortalece o sistema imunológico, melhora a pressão arterial, controla o diabete e inibe a proliferação de células tumorais", completa Isolda Prado, nutróloga e professora da Universidade do Estado do Amazonas. Ela também é recomendada para pessoas com intolerância ao glúten, por não conter em sua composição nenhuma substância capaz de prejudicá-las. Com tantos atributos, esse grão andino merece figurar com destaque nos pratos verde-amarelos.
O grão na cozinha
Em sopas e molhos
As sementes podem ser batidas com o caldo ou adicionadas à sopa no fogo. Na variante flocos, elas são uma ótima pedida para dar uma textura crocante a esse tipo de prato.

Em sucos e vitaminas
Como não tem gosto, ele não compromete o sabor de sucos e vitaminas. As frutas podem ser batidas no liquidificador junto com os grãos moídos, que antes devem ser lavados, sobretudo quando adquiridos em lojas de produtos naturais.

Em outras receitas
Esse andino de nascença pode entrar em bolos, pães, tortas, massas... Substitua até 30% da farinha de trigo pela farinha de amaranto. Basta torrar os grãos e moê-los ou bater os flocos.
  




SUS Terá de Dar Insulina Mais Segura a Crianças
Ainda cabe recurso à decisão; caso ela não seja cumprida, está prevista uma multa diária de R$ 1.000


A Justiça Federal de SP concedeu liminar que obriga o SUS a fornecer insulina considerada mais eficaz e segura a crianças diabéticas de todo o Estado. Cabe recurso.

A Secretaria de Estado da Saúde informou ontem que não havia sido comunicada oficialmente sobre a liminar e que aguardaria a notificação para se manifestar.

A ação civil pública que motivou a liminar foi proposta pelo Ministério Público Federal em setembro de 2010.

Nela, o procurador Jefferson Aparecido Dias pede que o SUS forneça a insulina Glargina (Sanofi Aventis), canetas aplicadoras e agulhas de 5 mm.

Para ele, a medida vai garantir meios mais eficazes e menos dolorosos para o tratamento das crianças. Não há uma estimativa do custo da medida nem quantas crianças serão beneficiadas.

Um ponto que deve ser questionado pelo governo estadual é o fato de a ação pedir uma marca específica de insulina. Existe outra no mercado, a Determir (Novo Nordisk), com mecanismo de ação semelhante.

Hoje, o SUS distribui insulinas mais antigas (regular e NPH) e agulhas mais longas (de 8 a 12 mm) para a aplicação do medicamento. Segundo a procuradoria, essas agulhas são mais doloridas, podem atingir o músculo e provocar tremores e tontura.

O SUS terá o prazo de 30 dias, após tomar ciência da decisão, para passar a fornecer os medicamentos e insumos. Em caso de descumprimento, está prevista multa diária de R$ 1.000.00.
Autor: Cláudia Collucci - de São Paulo
Fonte: http://www.adj.org.br - Reprodução: Folha de S Paulo (23/07/2011)


Adoçante, qual usar?




"Ainda bem que nós vivemos numa economia de livre mercado. Isso quer dizer, podemos escolher entre vários tipos de produtos e fabricantes quando queremos comprar alguma coisa. A diversidade vale também para adoçantes. São muitas as marcas, as composições e as apresentações. A dúvida, quando se está na frente de uma prateleira com esse tipo de produto, é a mesma que temos quando vamos comprar qualquer outra coisa, seja carro, roupa ou livros.
Fora a questão da qualidade e preço, no caso de quem tem diabetes a escolha tem de levar em conta também o que vai ser melhor para sua glicemia. Segundo a endocrinologista e nutróloga Lenita Zajdenverg, existem adoçantes calóricos e não calóricos, e os calóricos são aqueles que interferem no comportamento da glicemia.
Entre os não calóricos, estão disponíveis a sacarina, o ciclamato, a sucralose, a stévia e o acessulfame de potássio. Qualquer um deles é adequado para o diabético, mas Lenita adverte que a sacarina contém sódio e, por isso, deve ser usado com moderação por hipertensos e por quem tem doença renal.
Os adoçantes calóricos e que interferem na glicemia são a frutose, a sacarose ou açúcar, o mel e o melado. Todos podem até ser consumidos por quem tem diabetes, mas nesse caso é preciso ter acompanhamento nutricional porque eles devem ser contabilizados na ingestão total de carboidratos diária e também têm de ser considerados quando se vai definir a dose de insulina a ser utilizada.
Lenita ensina que há restrições no uso de adoçantes no caso de mulheres gestantes. O adoçante chega ao bebê pela placenta e até o momento há estudos em relação à sucralose, aspartame, sacarina e ciclamato, e eles não oferecem risco à criança. O stévia, por outro lado, nunca foi testado em gestantes e, por isso, deve ser evitado nesse período.
Outra restrição é relativa ao aspartame para as pessoas que têm fenilcetonúria, doença genética que transforma o aminoácido fenilanalina -encontrado nas proteínas vegetais e animais - em toxina para o cérebro. Como o aspartame contém fenilanalina, não pode ser consumido por pessoas que têm fenilcetonúria, doença diagnosticada no recém-nascido pelo famoso teste do pezinho.
Segundo Lenita, não há restrição em relação à quantidade de adoçante utilizada, mesmo considerando que o adoçante pode estar presente em produtos dietéticos industrializados, normalmente consumidos por quem tem diabetes. As quantidades consideradas nocivas são tão grandes que é improvável alguém chegar a ingeri-las, a não ser que se optasse por "beber" um frasco inteiro de adoçante de uma vez só."
Entrevista com a endocrinologista Lenita Zajdenverg, da UFRJ



Diabetes + Doença Celíaca


A doença celíaca, caracterizada pela intolerância alimentar ao glúten, atinge mais os portadores de diabetes do que a população em geral. Entre os portadores de diabetes tipo 1, diversos estudos apontam que cerca de 2% também desenvolvem a doença celíaca, enquanto em não diabéticos apenas 1 em cada 300 indivíduos apresentam esse problema (cerca de 0,3%). A informação é da médica Dorina Barbieri, professora livre docente em pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Diabetes e doença celíaca são ambas autoimunes e desenvolvidas por fatores genéticos, mas ainda não se sabe o que faz aumentar a probabilidade de ocorrência de ambas num mesmo indivíduo, explica a especialista. Para quem tem a doença celíaca, as chances de desenvolver diabetes também são aumentadas, informa Dorina.
Os sintomas clássicos da doença celíaca são a ocorrência de diarréia com fezes bastante gordurosas, aumento pronunciado do abdômen, emagrecimento ou ausência do ganho de peso, o que leva a criança ou adolescente a um Índice de Massa Corpórea (IMC) menor do que a população em geral. Esses sintomas não são obrigatórios, adverte a pediatra, e em 20% dos casos estão totalmente ausentes. Quando não tratada, a doença celíaca provoca desnutrição, porque ela impede a absorção de nutrientes pelo organismo.
Para quem tem diabetes, a falta de diagnóstico ou de tratamento para a doença celíaca interfere também na glicemia. A falta de absorção dos nutrientes provoca crises de hipoglicemia e uma consequente dificuldade no cálculo das doses de insulina.
O tratamento da doença celíaca é o mesmo para portadores ou não de diabetes. Ele consiste exclusivamente da eliminação do glúten da dieta. "Isso significa deixar de consumir pães, massas e bolachas", resume Dorina. Embora essa restrição nem sempre seja fácil de ser seguida, a pediatra lembra que controlar a doença celíaca ajuda também a controlar a glicemia e que não tratá-la pode levar a sequelas como osteoporose, infertilidade, doenças da tireóide, problemas de pele e outras.

Entrevista com a pediatra Dorina Barbieri, da USP







Yacon - alimento ou remédio?
Por: Rose Aielo Blanco*



É interessante observar as duas facetas desta planta: trata-se de um alimento, 
mas sua fama é maior mesmo como medicinal

Até meados dos anos 80, o yacon (Smallanthus sonchifolius) era uma planta praticamente desconhecida no Brasil. Parente distante do girassol, com aparência de batata-doce, textura e sabor semelhantes aos da pêra, começou a ganhar notoriedade quando foram descobertas peculiaridades em sua composição química que poderiam ser benéficas à saúde humana.

Esta raiz apresenta elevado teor de água, poucas calorias e, ao contrário da maioria das espécies tuberosas que armazenam energia na forma de amido, o yacon tem como principal carboidrato os frutooligossacarídeos (FOS), que têm se destacado em vários estudos por exercerem atividade bifidogênica, isto é, estimulam o crescimento das bifidobactérias no intestino que protegem contra o efeito de bactérias invasivas e patogênicas.

O yacon é uma raiz tuberosa originária dos Andes que atualmente já é considerada um alimento nutracêutico. Cultivada e consumida desde os tempos pré-incas, desenvolve-se desde a Colômbia e Venezuela, até o noroeste da Argentina, em altitudes que vão de 2 a 3 mil metros. Na língua Quéchua, seu nome origina-se de "yacu e unu" , que significam "água" e de "yakku" que significa "aguado ou aquoso". Em outro idioma andino - o Aymara - o yacon é conhecido como "aricoma" ou "aricuma" - termos mais utilizados em certas áreas da Bolívia. No idioma Quéchua, esta raiz tuberosa é chamada de "llagon" ou "yacumpi". Na Colômbia, seu nome - "arboloco" revela a influência hispânica e no Equador seus nomes populares são bem parecidos entre si: "jicama" ou shicama". Outros nomes pelos quais o yacon é conhecido: "yacon strawberry" (EUA), "poire de terra" (França), "polimnia" (Itália), "leafcup" (Inglaterra). Aqui no Brasil a planta é conhecida como "batata yacon" ou "batata diet".


Alimentício ou medicinal? Folhas do Yacon


Se for consumido ao natural, o yacon tem sabor de pêra. Desidratado, rende um salgadinho "chips" bem crocante. Pode ser cozido e entrar no preparo das refeições como uma batata comum. Das folhas (uma colher de sopa para um litro de água) pode-se fazer um chá. Além do sabor agradável, atribui-se ao yacon propriedades antioxidantes e medicinais, sendo utilizado na melhoria da flora intestinal, na redução do colesterol e no controle do diabetes.

É mesmo interessante observar as duas facetas desta planta: trata-se de um alimento, mas sua fama é maior mesmo como medicinal. No folclore andino encontram-se referências de seu uso para combater problemas renais e hepáticos desde épocas muito antigas. Na Bolívia, o yacon é usado para controlar diabetes e tratar problemas digestivos. Em algumas regiões do Peru, o yacon é considerado anti-raquítico. No Japão, o chá das folhas do yacon é usado para controlar a diabetes e reduzir o colesterol ruim.

Ao contrário da maioria dos tubérculos e raízes que armazenam carboidratos na forma de amido, o yacon armazena essencialmente frutooligossacarídeos do tipo inulina, ou seja, açúcares que não podem ser digeridos diretamente pelo organismo humano em razão da ausência de enzimas necessárias para o metabolismo destes elementos e são considerados compostos bioativos na alimentação humana.

O yacon apresenta boa quantidades de potássio e em menores quantidades cálcio, fósforo, magnésio, sódio, ferro, zinco e vitamina C. Outro composto encontrado é o triptofano, presente em quantidades médias. Além de nutracêutico, o yacon é reconhecido como o alimento com maior conteúdo de frutooligossacarídeos na natureza. A atividade prebiótica dos frutooligossacarídeos presentes no yacon tem sido associada a efeitos benéficos à saúde como alívio do intestino preso, aumento capacidade de absorção de minerais, fortalecimento do sistema imunológico e diminuição do desenvolvimento de câncer de cólon. Efeitos cientificamente comprovados quando os frutooligossacarídeos são consumidos em dosagens recomendadas.

Verificou-se que o consumo do yacon não eleva os níveis de açúcar no sangue, o que levou à sua fama como o "alimento ideal dos diabéticos" e até o nome popular "batata dos diabéticos". Além disso, suas folhas, na forma de chá, são indicadas para auxiliar a reduzir os teores de glicose no sangue e o colesterol.

"É um alimento dietético e diabético", segundo o especialista em yacon, Michael Hermann, líder do projeto raízes e tubérculos Andinos, em Lima (Peru). De acordo com Hermann, foi no Japão que as qualidades da oligofrutose do yacon foram descobertas. "Os japoneses também descobriram que as folhas usadas no chá evitam picos que o diabético tem quando come alimentos açucarados ou com muito amido, que é quando o nível do seu açúcar no sangue aumenta violentamente". "Parece que o chá diminui os picos", disse ele. Testes com animais ainda estão sendo realizados para comprovar o efeito. Hermann disse, ainda, que as raízes yacon não provaram ter o mesmo efeito paliativo que suas folhas.



A planta como ela é.....



Pertencente à família das Asteráceas, o yacon apresenta raiz tuberosa, ou seja, uma raiz subterrânea muito espessa que acumula substâncias de reserva de energia para a planta. Outros exemplos de raízes tuberosas são a cenoura, o rabanete, a mandioca, a batata-doce, a beterraba e o nabo.

O yacon ou polínia é muito confundido com a batata-doce (Ipomoea batatas), mas há um detalhe entre eles que faz toda a diferença: a batata-doce armazena amido como principal carboidrato, o que não ocorre com o yacon. A planta, muito rústica e bem resistente à seca, mede de 1 a 2,5 metros de altura. É muito adaptável quanto ao clima, à altitude e aos tipos de solo, podendo ser cultivada com sucesso mesmo em países de clima quente como o Brasil.

Entre 6 e 10 meses após o plantio, a planta alcança sua maturidade fisiológica. É quando as flores começam a desabrochar. A seguir vem a fase de senescência de toda a parte aérea. Entre 10 a 12 meses após o plantio, quando a parte aérea está totalmente seca, é realizada a colheita das raízes tuberosas para consumo e as partes que serão utilizadas como material de propagação para o próximo plantio.

O yacon possui em suas folhas dois sistemas de defesa: uma trama de pêlos que dificulta o acesso dos insetos e uma alta densidade de glândulas. A associação destes dois mecanismos faz com que as folhas de yacon sofram menos ataques de insetos, permitindo seu cultivo sem a utilização de agrotóxicos.

Curiosidades sobre o yacon:
* Sua raiz tuberosa possui sabor semelhante ao de frutas como o melão e a pêra, com polpa levemente amarelada, crocante e aquosa. Quando colhidas, as raízes tendem a apresentar sabor amiláceo, para corrigir o sabor, elas são expostas à luz solar por muitos dias após a colheita, a fim de intensificar seu gosto doce. Esta técnica é conhecida como "soleado".

* As raízes são consumidas geralmente cruas e descascadas, uma vez que a casca possui sabor resinoso. Outras formas de consumo são a fritura, o cozimento a vapor ou em água.

* Nos mercados locais andinos, o yacon é classificado como fruta e é exposto à venda juntamente com as maçãs, os abacates e os abacaxis, ao invés de serem colocados com as batatas e outras culturas de tubérculos e raízes.

* No Japão, as raízes tuberosas são transformadas em produtos de panificação, bebidas fermentadas, pó ou polpa liofilizada e até picles.

Rose Aielo Blanco é jornalista e editora do www.jardimdeflores.com.br


Fontes de consulta:
Revista eletrônica do Departamento de Química da Universidade Federal de Santa Catarina. Valentova K, Cvak L, Muck A, et al.
Antioxidant activity of extracts from the leaves of Smallanthus sonchifolius. Eur J Nutr. 2003;42(1):61-6.ybar MJ, Sanchez Riera AN, Grau A, et al.
Hypoglycemic effect of the water extract of Smallantus sonchifolius (yacon) leaves in normal and diabetic rats. Ethnopharmacol. 2001;74(2):125-32.
ADA - American Diabetes Association - www.diabetes.org

Chá de Yacon está à venda na www.lojadojardim.com

A saúde da mulher negra


Quando se toca no tema saúde da mulher negra, é fundamental levar em consideração as questões relativas à raça. Por esse motivo, a Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde incluiu, nas Diretrizes e no Plano de Ação 2004-2007 da Política Nacional para Atenção Integral à Saúde da Mulher, metas e ações relativas às negras. E mais: as Áreas técnicas Saúde da Mulher e da Criança incorporaram em suas ações estratégicas a necessidade de oferecer atenção especial às mulheres negras e recém-nascidos negros, respeitando suas singularidades culturais e, sobretudo, atentando para as especificidades no perfil de morbimortalidade. A partir de dados estatísticos e científicos, o Ministério da Saúde relacionou as principais doenças que podem acometer a negra que, segundo o Censo de 2000, somam 36 milhões de mulheres. Confira e saiba como evitá-las!

HIPERTENSÃO ARTERIAL
Na população negra, a pressão alta é mais freqüente. Começa mais cedo que nos indivíduos brancos e apresenta uma evolução mais grave. No Brasil, as síndromes causadas pela hipertensão são a principal causa de morte materna, representando um terço dos óbitos. E mais: estudos revelam que a taxa de mortalidade por síndromes hipertensivas nas negras é quase seis vezes maior do que nas brancas.
Embora seja uma doença crônica e sem cura, a pressão alta é perfeitamente controlável e pode ser prevenida. A gestante deve, por exemplo, ter sua pressão arterial verificada nas consultas de pré-natal, receber informação sobre como manter um estilo de vida saudável e, se necessário, tomar remédios prescritos pelo médico.

DIABETES MELLITUS - TIPO II
As negras têm 50% a mais de chances de desenvolver diabetes que as brancas. Além disso, existe um agravante: no diabético a ocorrência de hipertensão arterial é duas vezes maior que na população geral. Portanto, as mulheres diabéticas estão mais expostas à gravidez de alto risco. Mas, assim como a pressão alta, a diabetes, apesar de crônica e não ter cura, pode ser controlada com a adoção de hábitos saudáveis e medicação prescrita pelo médico, quando houver necessidade.

ANEMIA FALCIFORME
Essa é a doença genética mais comum do Brasil. Apresenta maior prevalência na população negra e tem alto índice de mortalidade. Os especialistas alertam que a melhor estratégia para atender quem tem anemia falciforme é o diagnóstico e o cuidado precoce.
A doença falciforme não é contra-indicação para a gravidez, porém, tendo em mente os riscos, a mulher deve ser acompanhada por serviços especializados e receber atenção qualificada e humanizada do Mi-nistério da Saúde. Os recém-nascidos, por sua vez, precisam ser submetidos à triagem neonatal, atentando especialmente para a anemia falciforme, e dispor de serviço para atenção precoce aos portadores dessa doença.

MORTE MATERNA EM MULHERES NEGRAS
Quando se fala em morte materna é importante dizer, primeiramente, que se refere aos óbitos que ocorrem durante a gravidez, no parto ou até 42 dias após o término da gestação. No caso das negras, vale ressaltar que as principais razões estão ligadas à predisposição biológica para certas doenças, como a hipertensão arterial e a diabetes, fatores relacionados à dificuldade de acesso e à falta de ações e capacitação de profissionais de saúde voltadas para os riscos específicos da raça. 

Como o SUS pode acolher e atender com qualidade gestantes e recém-nascidos negros
- Ações educativas - a gestante deve ser orientada sobre os riscos, como identificar precocemente os sintomas e os cuidados necessários na hipertensão arterial e diabetes mellitus. É preciso enfatizar também a necessidade da triagem neonatal, que inclui o diagnóstico da anemia falciforme.
- Sensibilização e capacitação de profissionais de saúde - incluir conteúdos sobre diferenciais étnico/raciais nas condições de vida e na saúde da população nas capacitações de profissionais da rede básica e dos serviços de referência e das maternidades.
- "Quesito cor" nos documentos e sistemas de informação do SUS - incluir a informação sobre a cor nos sistemas de informação e nos documentos do SUS.
- Pré-natal - é fundamental garantir que seja aferida a pressão arterial de todas as gestantes em todas as consultas de pré-natal. Caso haja qualquer alteração nos níveis de pressão das gestantes negras, é necessário dar atenção especial com o devido acompanhamento e encaminhamento para serviços de alto-risco. Atentar também para resultados de glicemia, garantindo a realização de todos os exames de rotina.


Diabetes e Gravidez

A ansiedade faz parte de qualquer gravidez. No caso das pacientes diabéticas, essa sensação não se resume a saber se o futuro filho será menino ou menina, parecido com o pai ou com a mãe, calmo ou manhoso. A gestante diabética quer saber, principalmente, se o diabetes irá prejudicar o seu bebê..
É certo que a gravidez da paciente diabética pode apresentar complicações que normalmente não ocorrem na mulher sem diabetes. Porém isso não significa que o problema irá acontecer. Há várias formas de prevenção e a futura mãe tem um papel decisivo nessa fase. Para ter um bebê saudável, basta que ela aprenda a controlar a sua gravidez.
Seguindo as recomendações da equipe de especialistas que vai acompanhá-la, a gestante terá todas as chances de não enfrentar qualquer contratempo. Essas recomendações giram sempre em torno do controle da glicemia e da programação da chegada do filho, que se inicia da seguinte forma: ao decidir engravidar, a paciente deve procurar seu médico para receber a orientação mais adequada.
Ele dirá o que fazer e pedirá os exames necessários. É sempre bom começar o controle alguns meses antes de engravidar. Assim, pode-se pesquisar a existência de complicações, como retinopatia e nefropatia, que teriam que ser tratadas durante a gestação.
A endocrinologista Ingeborg Christa Laun, especialista no assunto, explica a importância da programação da gravidez: "Todas as malformações que acontecem nos filhos de mães diabéticas afetam órgãos que se formam nas oito primeiras semanas de vida intra-uterina. Ou seja, quando a mulher às vezes nem sabe que está grávida. É importante programar a gravidez para que a paciente esteja muito bem controlada, pelo menos nos seis meses anteriores".
O controle da glicemia durante a gravidez diminui a probabilidade de a criança ter diabetes, um dos maiores temores da mãe diabética. "Quanto maior esse controle, menor o risco do bebê de mãe diabética ser diabético do tipo 2 na vida adulta", explica a Dra. Ingeborg. Também são pequenas as chances de uma mãe diabética tipo 1 ter um filho com essa doença. "A chance chega a 1% ou 2%".
A Dra. Ingeborg lembra um alerta feito por J.J. Hoet, estudioso de diabetes e gravidez , para a importância do controle da glicemia de uma futura mãe. Segundo Hoet, "quando uma menina se torna diabética, ela precisa estar consciente de que, cedo ou tarde, será mãe. E, por causa disso, o seu controle glicêmico é essencial para prevenir complicações prejudiciais para ela e para o filho". Para a médica, o lembrete é muito oportuno porque chama a atenção para um fato: o de que "o bom controle que elas têm pela vida afora vai definir se o bebê irá nascer com mais ou menos complicações".
Mas isso não significa que para ter um filho é preciso se programar desde a adolescência. Se a paciente descobriu a gravidez já no segundo mês, não há motivo para desespero. O medo e apreensão dificultam o controle da taxa de glicemia no sangue. A melhor saída, em todos os casos, é ter confiança, procurar um médico imediatamente e seguir à risca o tratamento.
Otimismo Torna Tudo Mais Fácil 
Muitas mães se sentem culpadas e temerosas de que o filho venha a ter problemas por conta do diabetes, atitude que dificulta o tratamento. Por isso, a Dra. Ingeborg aconselha: "É preciso ter sempre em mente que tudo dará certo".
Contar com o acompanhamento de um psicólogo às vezes é o melhor nas situações de estresse. Outra grande ajuda é conhecer o desenvolvimento da gravidez em diabéticas, para evitar sobressaltos. Por exemplo: à medida que a gravidez avança, a necessidade de insulina aumenta. "Isso significa que a placenta funciona muito bem e não é motivo para sustos", garante a doutora.
Há um outro fato também normal, mas que pode deixar a mãe intranqüila caso não esteja devidamente informada. Como o bebê corre o risco de ter hipoglicemia e precisa ser vigiado, ele permanece, logo após o nascimento, em um berçário de alto risco por pelo menos 6 a 12 horas, podendo ficar até 24 horas.
Insulina Substitui Antidiabéticos Orais
Apesar de ideal, a programação da gravidez nem sempre acontece. Felizmente, o risco para essa paciente não é tão alto, a menos que o diabetes esteja muito descontrolado. Nesses casos, deve ser dada uma atenção ainda maior ao tratamento.
No início da gestação, geralmente as pacientes são vistas pelo médico de 15 em 15 dias. "A monitorização domiciliar da glicemia capilar é fundamental", alerta a Dra. Ingeborg. A média é de quatro testes por dia. Além disso, deve ser feito um exame de hemoglobina glicosilada a cada mês; microalbuminúria (para verificar o estado dos rins) e exame de fundo de olho a cada trimestre; eventualmente um mapa da pressão arterial; e as ultra-sonografias (antes de 20 semanas, no segundo trimestre e no final da gravidez).
Os antidiabéticos orais não podem ser usados e o controle da glicemia é feito com insulina, que não apresenta risco para o bebê, por não passar pela placenta. "O que passa livremente pela placenta é a glicose", explica a médica.
Ela acrescenta que se a glicose da mãe estiver bem, o feto terá uma oferta normal. Caso esteja alta, o pâncreas do feto, tão logo comece a funcionar, por volta de 10 ou 12 semanas de vida, começará a responder a essa hiperglicemia aumentando a produção de insulina. Isso poderá acarretar para o feto a hiperinsulinemia, responsável por uma série de complicações.
"Gestante que não se cuida bem corre um risco bem maior de perder o neném, de ele nascer prematuro ou com problemas", alerta a especialista, acrescentando que o bom controle da gestação da diabética faz com que a incidência de complicações seja a mesma verificada entre a população em geral.

Ideal é o Parto sem Sofrimento para o Bebê

Na hora de escolher entre o parto normal ou a cesárea, a indicação vem do obstetra. Em pacientes diabéticos tipo 1, que têm a doença há muito tempo, geralmente a indicação é de parto cesáreo. E não existe uma semana certa para ele ser realizado. Segundo explica a Dra Ingeborg, não se interrompe uma gravidez que está indo bem. O ideal é ir até a 38a semana, mas a gestação tem de ser interrompida mais cedo se houver qualquer sinal de sofrimento do feto.
Independentemente do parto ser normal ou cesáreo, a paciente tem que ter uma assistência médica constante, porque a necessidade de insulina diminui após o nascimento do bebê, podendo provocar uma hipoglicemia na mãe.
O ideal é que o acompanhamento da gravidez seja feito por uma equipe multiprofissional: endocrinologista ou diabetólogo, obstetra, nutricionista, enfermeira e, em alguns casos, psicólogo. É importante que a equipe mantenha contato, estando sempre atenta ao que está acontecendo com a paciente.
Não há como negar que o acompanhamento clínico da gravidez de uma paciente diabética é caro. Principalmente por causa dos exames e testes diários de glicemia. Para quem tem plano de saúde, isso não é um problema, já que as empresas cobrem esses gastos. As gestantes que não contam com o plano podem recorrer à rede pública para ter o bebê, devendo estar atentas a alguns itens que darão maior segurança durante a gestação.
O primeiro passo é procurar um endocrinologista que indique um obstetra ou vice-versa. É importante que haja uma boa comunicação entre os dois especialistas, porque, dessa forma, a paciente começa a criar a sua própria equipe. Embora todos os exames tenham sua indicação, não se pode deixar de realizar a observação clínica da paciente, que consiste em pesá-la, ouví-la e examiná-la. "A gestante pode e deve ter uma participação ativa em todo o processo. Como no próprio diabetes, as coisas mais importantes são a aceitação, a mudança de comportamento e a adesão ao tratamento", conclui a Dra. Ingeborg Laun.


Diabetes Tipo 1
Introdução 
O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.
A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena.) Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração.
A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja, eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.
Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Outro dado é que, no geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.

Sintomas
Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:
• Vontade de urinar diversas vezes;
• Fome freqüente;
• Sede constante;
• Perda de peso;
• Fraqueza;
• Fadiga;
• Nervosismo;
• Mudanças de humor;
• Náusea;
• Vômito



Diabetes Tipo 2
Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.
Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência Insulínica".
O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.
Principais Sintomas:
  • Infecções freqüentes;
  • Alteração visual (visão embaçada);
  • Dificuldade na cicatrização de feridas;
  • Formigamento nos pés;
    Furunculose.
Fonte: http://www.diabetes.org.br





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